Sinal Verde Corridas e Cronicas, um entregador no Japão

🧠 E se fingindo de forte   Você posta um relato sincero. Conta um perrengue do dia, um desrespeito, uma missão maluca, um cancelamento sem sentido… Nada demais. Só um desabafo de quem tá no corre todo dia. Aí, do nada, vem o hater de plantão: “Para de choradeira.” “Segue em frente, é assim mesmo.” “Cala a boca e trabalha.” A intenção parece ser dar uma lição. Mas o tom entrega outra coisa: não é força… é medo. 🩹 Por que incomoda tanto o que a gente sente? Se o relato não tivesse cutucado alguma ferida, ninguém se daria ao trabalho de responder com tanta pressa. Quem tá bem de verdade, nem se abala. Mas quem tá segurando as pontas com fita crepe, se sente ameaçado por qualquer sinal de que o sistema não funciona. Reage na defensiva. Com raiva. Com frases prontas. Com chavões tipo: “isso é ser adulto”, “ninguém mandou”, “aguenta firme”. Só que força mesmo… não grita. Força escuta. Força acolhe. Força não precisa humilhar o outro pra se sentir bem. 🪞 A pressa de parecer invencível ...

Ontem passei por uma entrega que era pra dois entregadores — daquelas divididas porque o volume era pesado. 48 garrafas PET de 2 litros. Cheguei no local e o outro cara já tinha levado tudo. Levou os dois volumes sozinho. Nem pensou que a entrega era pra dividir. Nem se preocupou se ia deixar alguém no prejuízo. Não sei se é falta de noção, pressa, ego ou pura provocação velada. Daquelas que parecem inocentes, mas por dentro são veneno. O tipo de gente que tenta mostrar poder fazendo mais do que o necessário — não pra ajudar, mas pra se exibir. Como se o sistema fosse premiar por isso. E no fim, ganha metade do valor, faz o dobro do esforço e ainda atrapalha o outro. Esse tipo de postura é o que mais envenena os lugares de trabalho aqui no Japão. Já vi isso acontecer em tudo quanto é lugar: fábrica, linha de produção, transportadora, entrega. Sempre tem o “acelerado”, o que quer mostrar que aguenta mais, que é mais eficiente que os outros. Mas o que ele entrega mesmo… é só um modelo de...

Hoje o tempo fechou de manhã. Choveu. E choveu bem. Mas cadê a tal missão de chuva? Nada. Silêncio total. Pra quem ainda acredita que missão de chuva é bônus… precisa rever isso aí. Na real, missão de chuva nada mais é do que chamar entregador pra rua. Simples assim. Porque em dia de chuva, muita gente segura o trampo. E o sistema já sabe disso. 📊 Eles não trabalham no escuro. Sabem tudo: – O dia da semana, – O mês do ano, – A época em que a galera gasta mais ou menos, – Se a economia tá boa ou ruim, – Se vai ter muita entrega ou pouca, – E até quantos entregadores vão sair só por ansiedade. Ou seja: eles preveem o movimento antes mesmo de acontecer. E aí decidem: lança missão ou não lança? Vale a pena dar um incentivo ou deixa a galera se virar na chuva? Hoje, pelo visto, eles já sabiam que ia ter entregador demais na rua. Talvez pouca entrega. Talvez só ansiedade acumulada da turma esperando missão. E sabe o que mais? Mesmo quando tem missão, quem trabalha o dia todo já sabe: a dife...

📝 Resumo do novo contrato da Uber – Junho de 2025 (Parte 1 – para entregadores individuais) Dei uma debulhada aqui no novo contrato da Uber, versão de junho de 2025, e fiz um resumo direto pra quem tá no corre das entregas. Pelo que eu vi, a maior novidade é que agora o entregador também pode avaliar o cliente e o restaurante. Pelo menos no papel, tá escrito isso. Ainda não testei pra saber se tá funcionando mesmo no app, mas só de aparecer no contrato, já dá pra ver que a regra mudou. ✅ 1. Relação contratual 1.1 Você é um prestador de serviço autônomo, sem vínculo empregatício. 1.2 Pode aceitar ou recusar pedidos livremente. 1.3 Pode trabalhar para outras plataformas — sem exclusividade. 1.4 Esse contrato só se aplica enquanto você estiver usando o app. Política interna envolvida: Nenhuma diretamente, mas a Uber pode monitorar seu comportamento no app para detectar fraudes ou padrões “estranhos” (ex: aceitar e cancelar de propósito). 🔐 2. Acesso ao app 2.1 Você recebe um ID pessoal ...